Orientação Focada em Resultados

Em meio a ambientes cada vez mais políticos, onde rondam pautas de interesses, muitas vezes dissociada da necessidade do cidadão, como fazer para que as pastas geridas por políticos dêem resultado? Como planejar e executar programas de médio prazo e interdependentes, em cenários de competitividade abstrata - exposição, egocentrismos e forte carga de pessoalidade em tudo que se pensa e faz?

Os mandatários inteligentes, se cercam de auxiliares capazes e inteligentes - pelo menos esta deveria ser a regra, não a exceção.

No organograma dos poderes executivos, de qualquer esfera, vale a regra do T: onde na vertical inferior se tem grandes e às vezes extensos poderes; na vertical superior, poder nenhum; na horizontal, tanto faz a direção, se tem um poder pequeno e de pouca abrangência.

Tomando por base de exemplificação o segundo escalão, por exemplo os secretários de estado. Temos que os mesmos exercem influente e determinante poder de mando (e desmando) aos seus subordinados, mas não possuem nenhuma ascendência de poder sobre seu par, ou seja, os demais secretários das outras pastas. Nesta configuração, as atividades que dependem de trabalho em equipe, compartilhamento de responsabilidades e integração produtiva, têm pouca chance de atender à objetivos e metas, pois depende da compreensão, da boa vontade e da análise política que o outro faz sobre os dividendos (quem saíra fortalecido?). Em gestão de projetos esta formatação é chamada de funcional, e é a que menos funciona.

Se o gestor mandatário (cargo eletivo) não tiver clareza desta situação, passam-se quatro, oito anos e pouco ou nada se constrói em termos de desenvolvimento social e econômico. É preciso que se construa uma matriz orientada para resultado, à salvo dos embates políticos internos. Esta modelagem só é possível se vinculada diretamente ao gabinete do gestor mandatário. Este modelo foi usado por JK em seu grupo executivo e inspiraram os governos da Bahia, do Ceará, de Goiás e mais recentemente de Minas Gerais.